quarta-feira, 20 de março de 2013

Enterrado o sonho de ser jornalista

Desde que me lembro de ser gente o meu sonho sempre foi ser jornalista. Daqueles de investigação que percorrem o mundo atrás de verdade incovenientes, daqueles que correm perigo para contar a verdade. Hoje, agradeço não ter seguido esse sonho tão bonito mas tão irreal.

O jornalismo idealmente costumava ser o quarto poder, costumava ser a ferramenta que os cidadãos podiam usar para saberem o que realmente se passa. Deveria ser o espelho da sociedade. Sem mais nada. Sem a pressão de outros poderes, sem incoerência, sem censura, sem sujectividade. Mas não vivemos num mundo ideal.

Nuno Santos foi despedido. Segundo consta, por justa causa, sem indemnizações e com palmadinhas nas costas dos seus pares. Diz que nada tem a ver com o visionamento das imagens de uma manifestação pela PSP mas pelo depoimento que prestou, depois, no Parlamento. Foi acusado de delito de opinião. A ERC iliba o ex director de informação de qualquer responsabilidade pessoal. Nuno Santos diz que isto não fica por aqui, está a ser vítima de saneamento público: "a honra dos homens não se atira aos cães", o ajuste de contas será em tribunal.

Na quinta feira, Alberto da Ponte disse que não haveria, para já, qualquer despedimento colectivo, e que a administração "convive muito mal com o despedimento na RTP e convive muito mal com o desemprego em Portugal" por isso, pretende "fazer rescisões amigáveis e não despedir".
Safado.

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