segunda-feira, 25 de março de 2013

Gaspar marca o ritmo da dança das cadeiras

Ontem, no telejornal da RTP, Francisco José Viegas, escolheu as previsões de Gaspar como tema a ser mostrado e debatido. Depois de ter visto o que vi, com piadas à mistura e verdades irrefutáveis fartei-me de tentar perceber como se pode errar tanto. E porque raio é que estas previsões são tão necessárias. Aparentemente pela pressão. A pressão! Nome feio.


Sempre que ouço Vítor Gaspar a debitar previsões com a sua eloquência que tanto o caracteriza (Sheldon Cooper, personagem da série Big Bang Theory, físico de profissão e com sérios problemas de integração social ia ter ciúmes, agora mesmo, pela forma como eu trato o sarcasmo por tu) não consigo evitar compará-lo ao Professor Bambo ou à Maya, nossa querida Maya.
Como o Professor Bambo, o ministro Gaspar, parece ganhar parte da sua vida a fazer previsões e, consequentemente a falhar. E ao som da dança das cadeiras. Lembro-me tão bem deste jogo! Andar à roda até que só sobrem dois concorrentes e uma cadeira. Alguém vai ter que sentar no chão.

Desenganem-se se acham que fazer previsões é algo meramente político. Parece-me que o Professor Bambo, antes de ser acusado de burla e extorsão, tinha a solução para todos os problemas financeiros e emocionais. Felizmente, Gaspar fica-se por um único campo de actuação.

A questão aqui, e que de facto me parece muito pertinente, é que este Professor, não aparecia nos telejornais, em horário nobre, a prever a vida de mais de 10 milhões de pessoas. Longe de mim criticar quem recorria aos seus serviços, sejam eles mau olhado, poções mágicas, bonecos vudu e todo o tipo de feitiçaria. O livre arbítrio ainda nos assiste. E, de facto, ninguém prendeu as mãozinhas de ninguém e disse "vamos ao Mambo resolver os nossos males".

Já com Gaspar, o caso muda de figura. Brincamos às percentagens, acrescentamos futurologia et voilá. Quase que posso visualizar o slogan: descubra o que lhe reservam o défice, o desemprego e o ajustamento- as previsões de 2013 por Vítor Gaspar.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que os portugueses já não acreditam no ministro das finanças e que este passou a astrólogo ( talvez seja daí que surge a minha analogia ao Bambo). Quanto a mim, sei que as previsões...leva-as o vento e talvez Churchill esteja certo "a arte da previsão consiste em antecipar o que acontecerá e depois explicar porque não aconteceu."

1 comentário:

  1. Ahahah.
    Muito bom Ana!
    Ficamos então à espera das explicações! E a culpa, parece-me, vai ser do povo.

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