sexta-feira, 26 de abril de 2013

Piigs uma vez, piigs para sempre

As notícias de hoje são tantas que nem sei bem por onde começar. É que isto da informação tem que se lhe diga e não me parece justo filtrar, por importância, as novidades de hoje.

No meu mais íntimo ser ando por aqui roída, roídinha de inveja dos polícias do Dubai: há uns dias brindaram o mundo, para mostrar prosperidade e sofisticação, com o novo carro de patrulha - um Lamborghini, de 420 mil euros. Hoje para reforçar a imagem de "luxo e prosperidade" apresentaram a mais nova mascote - um Ferrari, de 340 mil euros, para a brigada feminina.
Aproveitando a onda policial, a coisa aqui, em terras de nuestros hermanos, anda mais amarga. Dois polícias, de Sevilla, acharam sensato e razoável fotografarem-se com um monte de multas: enquanto um as segurava (as multas), o outro, extasiado, mostrava o sinal de V com os dedos. Bronca total: suspensos, acusados de abuso de autoridade, etc, etc.

De polícia passamos ao futebol: Real Madrid e Barcelona. Foram 4, quatro para um e quatro para outro. Mourinho culpa a equipa, Tito garante que fica no Barcelona. E um jornalista decidiu atribuir a culpa a Rajoy: com Aznar ganhava o Barcelona, com Zapatero o Real Madrid, com Rajoy, bem, com Rajoy ganham os alemães.

Entre alemães e piigs (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) o certo é que nada parece bater certo. E o trocadilho não é forçado, é necessário. Continuamos com o mesmo de sempre: desemprego (Espanha bateu o recorde com mais de 6 milhões de desempregados - mais 300 mil só no primeiro trimestre deste ano), défice, reuniões extraordinárias de ministros (hoje em Espanha, terça feira em Portugal), discursos medianos que culpam a União Europeia de todos os males do mundo dando ao governo um lugar de criança-que-não-sabe-o-que-faz e portanto não merece ser castigada. E ainda umas medidas ping pong e outras impensáveis há uns anos: a junta de Andaluzia (governada por dois partidos de esquerda) aprovou hoje uma lei inédita que vai permitir expropriar,aos bancos, durante 3 anos, habitações onde vivam famílias, com rendimento mensal inferior a 542 euros e cuja situação financeira se tenha agravado bastante desde que foi pedido o crédito. Além disso a renda deve corresponder a mais de um terço do rendimento familiar - estima-se que em Espanha, 20% das casas estejam vazias.

De resto a pasmaceira é a mesma (?), esperamos por Pyongyang, o tempo continua mau e mais se parece com os nossos políticos que quando prometem e chega a hora da verdade a treta é sempre igual, o Benfica perdeu e hoje é sexta feira, dia de Gin e de despreocupações para variar um bocadinho.



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