sexta-feira, 28 de junho de 2013

O Brasil no mundo

No Brasil a coisa ficou preta e parece-me que está na hora da onça beber água, que é o mesmo que dizer que estão num momento decisivo. E justamente criaram esse momento, foram espertos. A esperteza brasileira deixou-nos a todos de boca aberta. Quero ver quem são os saloios agora. 

Segundo o The Economist (22 de Junho) estas são as maiores manifestações que se viram nas últimas duas décadas. Começou com o protesto do aumento dos transportes em 20 centavos e foi escalando por aí acima. Corrupção, educação, saúde, inflação e o custo do mundial de futebol do próximo ano em que o Brasil gastou, num só estádio 7 biliões de reais - três vezes o custo do mundial na África do Sul. 

Estão nas ruas, em todos os estados, justo agora que todo o mundo os está a ver: com a copa de confederações e o pensamento no ano que vem, no mundial. São estes, os brasileiros, que o mundo todo vê: no The New York Times, no El País, no The Guardian, no Clarín. Ontem, o The New York Times, publicou um artigo sobre a corrupção política, sobre a quantidade de pessoas que exercem o seu cargo no Parlamento mesmo depois de serem acusados por se envolverem em crimes. O total? 200, ou um terço dos que existem. É que até 2001 os políticos só podiam ser processados com a autorização do congresso.

Mas afinal o que se está mesmo a passar no Brasil? Já não importam os 20 centavos, já não importa o mundial ou os olímpicos, importa o que vem a seguir, o que vai acontecer em cada um dos lados: o dos que estão na rua e o do Estado. Esperamos para ver.



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