segunda-feira, 10 de junho de 2013

O furacão em cada mulher

Parece-me que os criativos do novo anúncio da cerveja Andes andaram a ler Schopenhauer, ou sonharam com ele ou lembraram-se, naqueles ah ah moments, que ele (Schopenhauer) disse, um dia, que "a mulher é um efeito deslumbrante da Natureza". Pois, somos! Se chegamos à força de um furacão?, talvez não. Mas dizem-me, os homens que conheço, que não há feitio igual ao feitio de uma mulher.

Ao contrário do que muitos pensam, os nomes escolhidos para as forças destruidoras da natureza (furacões, tufões, tornados) não são apenas de mulheres. Há uma lista, definida, que intercala nomes femininos com nomes masculinos (nem sempre foi assim, é verdade, até 1978, para furacões, eram usados apenas nomes de mulheres, mas com a pressão de alguns grupos feministas isso passou à história).

De todas as maneiras e mesmo com igualdade entre nomes, géneros e furacões quem é que se lembra daqueles com nomes de homem? Ah pois... Já o Katrina, Rita, Sandy e Wilma vêm rapidamente à memória. (Ok, o Mitch foi o mais devastador dos últimos 200 anos mas isso agora não interessa para nada.)

Não vou transformar este texto num daqueles feministas. Tenho pouca paciência para mulheres que querem direitos iguais mas que depois, na hora de pagar a conta, estão distraídas com o verniz que está a sair, mesmo ali, no canto da unha. No entanto não abdico de alguns direitos que não são propriamente meus, mas que eu gosto que sejam (que é o mesmo que dizer: é bom que sejam). Gosto de poder andar sempre do lado de dentro do passeio, passar à frente nas portas (dispenso que as abram por mim), ter todos os sintomas (e mais alguns) de tpm (e ainda mais alguns), carregar o mínimo de sacos possíveis, principalmente quando são de supermercado, dizer que sim quando quero dizer que não. Enfim, direitos que me assistem e que não sei se poderia abrir mão deles.

Dizem os espertos, hum hum, que as mulheres são mais sonhadoras, os homens mais práticos, as mulheres mais dissimuladas, os homens mais directos, as mulheres pouco amigas, os homens uns amigalhaços, as mulheres mais românticas, os homens mais aventureiros.
É toda uma mixórdia de teorias mas cá para nós, cada uma é a mulher que merece. E cada um tem a mulher que merece.


1 comentário:

  1. Nã :)
    Quem fala assim não é gago.
    Eu também não abdico desses chamemos-lhes direitos.
    Ou sejam, boa educação.
    Beijos,
    até já :)

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