sexta-feira, 12 de julho de 2013

Preferia não ter visto

Lexi Oliver Fretz deu à luz um bébé de 19 semanas. Claro está que viveu poucos minutos e que tem que ter sido um momento difícil. Não imagino o quanto. E este meu post não serve para falar da dor da mãe, do pai ou da restante família. Isso (a dor) tem que ser indescritível e impossível de escrever, pelo menos por mim. 

Mas a notícia (no Jornal de Notícias de hoje) não surge pelo bébé de 19 semanas, vamos lá ver, isto acontece muito, em mulheres à volta de todo o mundo, faz parte do lado mau da vida (e todas as outras teorias que queiram pensar). A notícia surge pelas fotografias que Lexi decide mostrar ao mundo e que aparecem neste blogue. São fotografias fortes, duras, e que, roçam o ridículo. Desculpem lá, mas não encontro outra forma de descrever isto.

Em primeiro lugar imagino que este seja um momento de intimidade, de família, de recolhimento. Mas isso dou de mão beijada; a internet veio pôr a nú o que nunca achamos que poderíamos assistir, mas assistimos. E mesmo que esta família queira dar importância ao que aconteceu através destas fotografias, mesmo que queira mostrar ao mundo que, às 19 semanas, um bébé já é um bébé, caíram em exagero. E que forma de exagero.

A primeira fotografia chegava: a mão do pai, da mãe e do bébé, pronto, feito, chega. Mas não, não chega, e portanto podemos ver as outras duas filhas com o bébé, a pegarem nele, e a verem, curiosas, suspeito eu que não percebem muito bem o que têm nas mãos. E alguém, por trás, meia distorcida, distraída com o telemóvel, como se fosse uma cena de um filme, sei lá de que género de filme. 

Não quero continuar a descrever as fotografias, porque me arrependi imediatamente de ter ido ao blogue. E de ter dado atenção a uma notícia do Jornal de Notícias, mas pronto, pelo menos já passou a parte má do dia; há sempre uma, em todos os dias.

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