As imagens, mesmo que de longe, pela televisão, são indescritíveis. Mas há, no meio de tudo isto, a parte a que nos agarramos, a parte que queremos que fique, mesmo que possa parecer a menos importante: doadores de sangue que fizeram filas de horas intermináveis para poderem ajudar e dar um bocadinho de si, vizinhos, que quase assistiram à tragédia, que romperam com as próprias mãos as janelas do comboio, hotéis que oferecem quartos para que as famílias possam descansar, médicos e enfermeiros que não precisaram ser chamados para ir para os hospitais.
E é de facto nestes momentos, que não são nossos, que não são meus, que me enchem o peito de um nó, enorme, porque esta, esta vida, não é para sempre nossa.
Nã....
ResponderEliminarmuito bonito o final.
bj grande
Arrepiaste-me toda! Mesmo sem imagens!
ResponderEliminarÉ esta dose de realidade que me falavas?!
Di, a verdade é que é esta a dose de realidade que nos faz preguntas. A nós mesmos. Quando queremos mais que todos, quando não sabemos se vale a pena, quando estamos tristes mesmo depois de darmos tudo.
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