domingo, 7 de abril de 2013

Re confusão

A decisão do Tribunal Constitucional é soberana e portanto, quer gostemos ou não, é para ser cumprida. "São as leis que têm que se ajustar à constituição, e não o contrário". São juízes (13) independentes e inamovíveis, e os únicos que se podem reformar as 42 com 10 anos de trabalho. Não está mal.

Depois de chumbados alguns artigos do Orçamento de Estado obviamente que os méritos podem ser discutidos, os méritos e deméritos. Há quem se auto congratule pela visão futurista, há quem se pergunte como é que o Governo não se decide e não governa centrado na constituição.

Os erros são constantes, as especulações chegam a roçar o ridículo e o pedido de Seguro para que o Governo se demita é tão previsível como amanhã ser segunda feira.
Os dotes de magia deste senhor são algo que ainda não consegui descortinar: ora então, menos impostos, menos desemprego, mais investimento e obviamente, cumprindo com os objectivos acordados. E tcharan, acordamos num país novo, nesse admirável mundo novo pensado não por Huxley mas por José António Seguro. Mesmo com moções de censura que só servem para o atrapalhar (deixemos os palavrões de lado), Seguro não consegue convencer ninguém de que realmente é capaz de governar o país. Talvez a si mesmo, à noite, em frente ao espelho, como quem pede bom tempo para o dia seguinte. Se imaginarmos uma possível relação do secretário geral do PS com José Sócrates podíamos pôr o primeiro no lugar de aluno e o segundo no lugar de professor: em aulas de oratória, claro está.

Os portugueses estão confusos, e como podiam não estar? Ora senhores desempregados, vão ter que pagar uma taxa...hmmm afinal não, e o que pagou devolvemos com retroactivos. Subsídios cortados, ou se calhar transformados em títulos do tesouro.

1300 milhões de euros e um buraco financeiro depois, a inconstitucionalidade do OE deixa espaço e mais que espaço para a espetacularidade da nossa política. Estratégias atrás de estratégias que deixam dúvidas quanto à verdadeira governabilidade dos nosso políticos. Ainda não há plano B. E hoje vamos poder ouvir Passos Coelho, num discurso certamente incompreensível e subjectivo.

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