sexta-feira, 22 de março de 2013

Os voluntários da MAW

Ontem, enquanto vegetava em frente à televisão, apareceu nas notícias uma reportagem sobre a nova moda dos famosos terem instituições de solidariedade com o seu nome: Shakira, Nadal, Angelina Jolie, Iker Casillas, Luís Figo. Os nomes são intermináveis. Os jornalistas, enquanto as imagens apareciam, perguntavam-se se a ajuda dos famosos não era apenas aparentemente desinteressada. Um jogo de relações públicas, de imagem de marca, de melhor aceitação perante o público, de impostos menos pesados. As justificações foram imensas mas a frase final foi a que mais me satisfez. Diziam qualquer coisa como: nenhuma outra forma de ajudar, mesmo egoísta, ajudou alguma vez tanta gente.

E é verdade.
A minha forma de fazer voluntariado sempre foi um bocadinho mais desinteressada. Mais desinteressada no sentido de não me ajudar nos impostos e muito menos de atrair um sem número de fans maravilhados com o meu coração disposto a ajudar quem precisa. Mas mais interessada no sentido em que me maravilha a mim mesma, faz-me ter um sentido de melhor imagem de marca sempre que penso quem sou e como quero ser. Sinceramente faz-me ter outra percepção do tempo em que vivemos. Sempre que tinha um novo desejo na Make a Wish ou quando pedia dinheiro naquelas feiras típicas sentia-me bem. Porque tinha a certeza do que estava a fazer. Porque sabia que o estava a fazer para a Ana, para o Diogo, para o Tomás, para a Inês, para a Gabriela, e não para uma criança qualquer que eu nem sabia se existia.
A magia da Make a Wish é precisamente essa. Quando vemos uma cara, quando a reconhecemos, queremos também que seja um bocadinho nossa. E depois, ser voluntária na Make a Wish, é fazer parte da parte boa que tem ser-se voluntário. Ouvir o desejo de alguém e realizá-lo. Onde é que pode não haver delícia nisto?

Lembro-me, como se fosse hoje, de estar em casa da Ana Póvoas, no escritório, e de falarmos pela primeira vez nisto. Contou-me que este projecto vinha para o Porto e que eram precisos voluntários. Foi assim que comecei. Acho que nunca agradeci à Ana por me ter proporcionado isto. É, para mim, a maior embaixadora da MAW no Porto.

Hoje, passados 2 anos, o caminho está cada vez mais sólido. A MAW está cada vez mais forte e apesar de toda a ajuda dada pelas empresas, para mim, são os voluntários que a fazem crescer. É por eles que existem os desejos e é com eles que se concretizam. No dia em que volte (a Portugal) espero poder voltar a fazer parte disto.


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